Montserrat fica a 50km de Barcelona e é o coração da Catalunha. Há várias maneiras de chegar lá – tem gente que vai a pé. Como não estávamos com toda essa disposição, pegamos um trem na Plaza Espanya e subimos até lá de teleférico. A roda gigante que tanto nos apavorou dia desses ficou parecendo brincadeira de criança. Até o Pão-de-Açúcar ficou parecendo coisa pouca. Montserrat é assustadoramente alta: enquanto o Pão tem 396 metros de altura, Montse tem vertiginosos 1.236m. Só pra vocês terem uma idéia.
Lá no alto, há um convento, um museu, uma basílica e a famosa Virgem Negra (“La Moreneta”). O convento é do século IX; foi destruído pelos franceses em 1811 e reconstruído em 1844; na ditadura franquista, foi reduto da cultura catalã. Há dois funiculares, um para Santa Cova, caverna onde a Virgem Negra foi escondida pelos mouros, e outro para Sant Joan, o ponto mais alto. Há também natureza abundante e várias trilhas. Fizemos a “Via Crúcis”, um percurso que passa por 14 imagens que representam o caminho de Cristo até a cruz. A trilha realmente leva até uma cruz, que fica em um fantástico mirador. A vista, obviamente, é magnífica.
Linda, linda, linda Montserrat. Depois de mais uma apavorante viagem de teleférico, esperando o trem na estação que fica ao pé da montanha (e que é um charme, superlindinha e tranqüila), ficamos um bom tempo observando os flocos de algodão que bailavam pelo ar, vindos sabe-se lá de onde. Quase não fomos embora, de tão bonito que era. Às vezes isso acontece, quando a gente menos espera: um domingo de primavera perfeito numa montanha mágica.
Aquele pontinho amarelo, lá no meio, é o teleférico
O Fandangos mais perto
A sombra do teleférico láááá embaixo
Daquelas brincadeiras que é melhor não fazer
De tirar o fôlego
La Moreneta.
O humilde recinto da Virgem
Fomos caminhando até lá e podemos provar
Muito, muito alto
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